O trabalho de humanização no ambiente interno do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) avança com a perspectiva de inclusão de pessoas com deficiências intelectuais e múltiplas. Pelos menos foi esse o assunto tratado numa reunião entre os representantes do TRE-PB e da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais em João Pessoa (APAE-JP).

Participaram da reunião o presidente do TRE-PB, Oswaldo Trigueiro do Valle Filho, o juiz Kéops de Vasconcelos Amaral Vieira Pires, a diretora-geral do TRE-PB Alexandra Cordeiro, a servidora Patrícia Soares, a presidente da APAE-JP Luciana Araújo e a assessora institucional da APAE-JP Larissa Trigueiro.

Para o presidente Oswaldo Trigueiro, que já teve uma experiência de inclusão semelhante quando foi procurador-geral do Ministério Público da Paraíba, esse tipo de iniciativa traz oportunidade a pessoas que dificilmente têm acesso a espaços de convivência no poder público. “É uma experiência de crescimento para eles e para nós também. Todos crescem com esse convívio”.

Na reunião, foi discutida um modelo de inserção das pessoas, incluindo as a formalização legal de um termo contratual através da APAE-JP. A ideia do projeto é que as pessoas com deficiências intelectuais e múltiplas sejam supervisionadas em suas tarefas. Os servidores também passariam por treinamento para conhecer melhor a realidade deles e, assim, também poderem ajudar e se envolver no trabalho de inclusão.

“Essas pessoas precisam ser vistas como seres humanos e não como personagens”, destacou Luciana Araújo. A presidente da APAE-JP agradeceu a iniciativa do Tribunal em abrir as portas para realmente dar valor a essas pessoas com deficiência intelectual e múltipla. “É um gesto humano de olhar para elas da forma como devem ser vistas”, pontuou.

O juiz-presidente da Comissão Multidisciplinar de Acessibilidade, Inclusão e Diversidade (CMAID) do TRE-PB, Keops de Vasconcelos Amaral Vieira Pires, destacou a importância da medida. “A inclusão, acessibilidade e a diversidade estão na pauta atual. Então, essa é uma forma do Tribunal, enquanto instituição, poder dar visibilidade, valorização a essas pessoas que têm limitações, mas que são seres humanos que precisam de dignidade, respeito e de oportunidades. Esse é o ponto principal do projeto”.

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