TRE-PB levará Círculos de Paz aos cartórios eleitorais do interior
Iniciativa faz parte da implantação da Justiça Restaurativa na Justiça Eleitoral paraibana e busca promover diálogo, escuta e bem-estar entre servidores

O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) segue avançando com a implantação da Justiça Restaurativa no âmbito da Justiça Eleitoral paraibana. Após a realização de Círculos de Construção de Paz na sede do Tribunal, a partir de julho os encontros serão estendidos aos cartórios eleitorais do interior do Estado.
A iniciativa, fruto do acordo de cooperação firmado entre o TRE-PB e o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), tem como objetivo fortalecer a cultura de diálogo, empatia e respeito no ambiente de trabalho, promovendo espaços de escuta e partilha entre os servidores.
De acordo com a facilitadora do Núcleo Estadual de Justiça Restaurativa (Nejure) e servidora do TJPB, Suerda Gabriela Ferreira de Araújo, a primeira etapa, realizada na sede do TRE-PB, foi extremamente positiva. “Nós fizemos círculos para que as pessoas conhecessem a metodologia e tivessem uma vivência real da proposta. Muitos chegaram sem saber o que esperar e saíram leves, esperançosos e confiantes na possibilidade de transformar o ambiente institucional a partir do diálogo e da escuta ativa. A perspectiva agora é muito boa”, avaliou.
A facilitadora também destacou que a iniciativa vem despertando nos servidores a percepção de que o Círculo de Paz é, antes de tudo, um espaço de cuidado com o ser humano. “A proposta é olhar para o servidor enquanto pessoa, para além da função que exerce, reconhecendo as demandas emocionais e os desafios que ele carrega ao longo de sua trajetória na instituição. Os participantes têm compreendido o valor desse espaço para dialogar sobre questões do cotidiano, sejam elas simples ou complexas, e saem das rodas com sentimentos de leveza, esperança e desejo de continuidade dessas práticas restaurativas no TRE-PB”, afirmou.
Suerda Araújo adiantou que, a partir de julho, será definido um cronograma que alternará encontros quinzenais entre a sede do TRE-PB — onde algumas secretarias ainda não participaram — e as zonas eleitorais do Estado. “É um passo importante, pois além de acolher os servidores da sede, vamos levar essa experiência para os cartórios, que muitas vezes enfrentam desafios particulares e precisam desse espaço de cuidado e diálogo”, destacou.
A proposta faz parte do compromisso firmado pelo presidente do TRE-PB, desembargador Oswaldo Trigueiro do Valle Filho, desde sua posse, e conta com a articulação da juíza Ivna Mozart, coordenadora-adjunta do Nejure e do Centro de Justiça Restaurativa de Campina Grande (Cejure-CG).
O juiz coordenador adjunto do Núcleo Estadual de Justiça Restaurativa (Nejure) do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), Max Nunes de França, também reafirmou a importância da iniciativa: “A Justiça Restaurativa representa um olhar humanizado para dentro da instituição. Proporciona mais harmonia nas relações e contribui para um ambiente de trabalho mais saudável, respeitoso e colaborativo. É muito gratificante ver esse projeto se expandindo para os cartórios do interior”, concluiu.
A ação integra o compromisso do TRE-PB com a humanização das relações institucionais e com a melhoria da qualidade de vida no trabalho para magistrados, servidores e colaboradores da Justiça Eleitoral paraibana.
Vale lembrar que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) elegeu 2025 como o Ano da Justiça Restaurativa nas Instituições para o Poder Judiciário. A visão é de que a melhora do ambiente de trabalho impacta diretamente na qualidade da entrega do serviço público.
Círculos de Paz
Na última terça-feira (18), o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba promoveu mais um Círculo de Construção de Paz, desta vez reunindo os servidores lotados no 6º andar do edifício-sede. O encontro proporcionou um momento de escuta, troca de experiências e fortalecimento dos vínculos institucionais, reforçando o compromisso da gestão em construir um ambiente de trabalho mais humanizado, colaborativo e acolhedor. Assim como nas edições anteriores, o grupo vivenciou a metodologia restaurativa e relatou percepções positivas ao final da atividade.
/rafaelkoehler/ascom/tre-pb/
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