A presidente da Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral, do Assédio Sexual e da Discriminação no Primeiro Grau, juíza Israela Cláudia da Silva Pontes representou o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) na adesão do Ministério Público Federal em João Pessoa ao projeto Banco Vermelho. O evento aconteceu na tarde desta quinta-feira (10) no auditório do MPF.

Banco Vermelho é uma iniciativa que busca conscientizar a sociedade sobre a violência doméstica e o feminicídio. Trata-se de um símbolo internacional da luta contra a violência de gênero que é instalado em lugares de visibilidade. Além de chamar atenção para o tema, funciona também como ponto de informação e reflexão.

No mesmo evento foi apresentada a exposição "Mulheres Invisibilizadas" que reúne narrativas de 30 brasileiras que contribuíram em diversas áreas de atuação, mas que foram invisibilizadas pela história oficial, como Margarida Maria Alves.

A juíza eleitoral ressaltou que o TRE-PB está atento à defesa da mulher e ao combate à violência de gênero, com a atuação da Ouvidoria da Mulher, um canal essencial para acolher denúncias e garantir que as vozes femininas sejam ouvidas, suas dores acolhidas e suas demandas, encaminhadas. “O feminicídio é a expressão mais brutal da desigualdade de gênero, um crime que ceifa vidas, destrói famílias, ultraja a dignidade humana e abala os alicerces de uma sociedade justa”.

Para Israela Pontes, não podemos e nem devemos tolerar que mulheres sejam vítimas de ódio e violência simplesmente por serem mulheres. “No Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, temos o compromisso diário com a defesa da democracia e dos direitos fundamentais. E não há democracia plena sem o respeito irrestrito à vida e à integridade de cada cidadã. Nosso trabalho, embora focado nas eleições, está intrinsecamente ligado à garantia de um ambiente seguro e equitativo para todos”.

Segundo a procuradora regional dos Direitos do Cidadão e uma das idealizadoras do evento, Janaina Andrade, a solenidade também é importante para reflexão acerca dos dados trazidos pelo Mapa da Segurança Pública de 2025. “De acordo com o levantamento, quatro mulheres são mortas por dia no Brasil, apenas pela sua condição de mulher (feminicídio). Na Paraíba, até 30 de junho desse ano, 19 mulheres foram vítimas de feminicídio”, afirmou.

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