O projeto Justiça Restaurativa do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) segue visitando as Zonas Eleitorais para dar continuidade às vivências dos círculos de construção de paz. A partir desta segunda-feira (8) até o dia 10 de setembro, os municípios Teixeira, Princesa Isabel, Água Branca, Monteiro, Sumé e Serra Branca serão contemplados com o projeto.

A iniciativa, fruto do acordo de cooperação firmado entre o TRE-PB e o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), tem o objetivo de fortalecer a cultura de diálogo, empatia e respeito no ambiente de trabalho, promovendo espaços de escuta e partilha entre os servidores. O presidente do TRE-PB, desembargador Oswaldo Trigueiro do Valle Filho, também coordena o Núcleo Estadual de Justiça Restaurativa do TJPB.

A dinâmica dos círculos de construção de paz busca proporcionar um espaço seguro de escuta, entre servidores, estagiários e magistrados, para compartilhamento de suas experiências e demandas, respeitando os princípios da horizontalidade e confidencialidade.

A juíza coordenadora adjunta do Núcleo Estadual de Justiça Restaurativa (NEJURE), Ívna Mozart, destaca o caráter inovador do projeto. “A administração dialoga com o 1º grau, a partir de um instrumento qualificado, que são as práticas restaurativas”.

Ela ressalta ainda, que os círculos têm recebido um retorno muito positivo dos servidores. “Nas partilhas, respeitando o princípio da confidencialidade e horizontalidade, as pessoas têm trazido demandas, mas também apontado a importância da conexão, no fortalecimento de vínculos. Esse diálogo promove um clima organizacional muito benéfico”, analisou.

Segundo a supervisora do NEJURE, facilitadora dos círculos de construção de paz do TRE-PB, Suerda Araújo, o princípio da horizontalidade é necessário frente a hierarquização que existe no Poder Judiciário. “Esse princípio enxerga o ser humano, antes do cargo ou título que possui. Conseguimos estabelecer um espaço de escuta qualificada e de diálogo profundo. Isso ajuda a fortalecer as relações que existem nos espaços de zonas eleitorais”, explicou.

Ela observou ainda, que os servidores têm utilizado o projeto Justiça Restaurativa, não apenas para expor demandas mas também reconhecer as ações positivas da atual gestão do TRE-PB. “Tenho percebido que os círculos oportunizam um fortalecimento de vínculos, ao mesmo tempo, propõe um espaço seguro de fala, para apresentar demandas e propostas importantes para comunicar a gestão. Um exemplo disso, tem sido a percepção em torno das gratificações dos servidores requisitados/cedidos”, frisou Suerda.

O cronograma dos círculos está avançando cada vez mais. O projeto Justiça Restaurativa já contemplou João Pessoa e as demais Zonas Eleitorais do Estado: Campina Grande, Soledade, Conceição, Piancó, Patos e Santa Luzia, Coremas e Itaporanga.

No dia 14 de agosto, a equipe da Justiça Restaurativa apresentou um relatório à diretora-geral da Secretaria do TRE-PB, Alexsandra Cordeiro. Nele, as demandas discutidas nos círculos são encaminhadas à unidade. “A diretora-geral tem acolhido todas as demandas, que observamos ao longo dos círculos, realizados nos cartórios eleitorais”, declarou Suerda.

/sara gomes/ascom/tre-pb/

#PraTodosVerem: Na fotografia aparece um tecido colorido no chão em formato circular, com livros e objetos dispostos em cima.

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