TRE-PB encerrou programação do Setembro Amarelo
Roda de conversa do Setembro Amarelo esclareceu dúvidas, mencionou dados estatísticos e formas de apoio a quem enfrenta sofrimento emocional

O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) encerrou a programação do Setembro Amarelo com a última Roda de Conversa “Saúde mental e comportamento de alerta para o suicídio: vamos conversar sobre isso? ”. O diálogo, realizado nesta terça-feira (30), na Sala de Treinamento do 4º andar do edifício-sede, foi mediado pela servidora do Tribunal, cientista social, psicóloga clínica e especialista em suicidologia, Elisabete Barboza de Araújo Reges.
A ação foi promovida pela Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP), em parceria com a Seção de Atenção à Saúde (SAS). Na ocasião, a mediadora esclareceu alguns termos que não devem ser utilizados, como “sinais de alerta”, apresentou dados estatísticos sobre o tema e orientou os participantes sobre como acolher alguém que esteja passando por sofrimento emocional.
A especialista destacou que o suicídio não deve ser tratado como uma questão individual, mas, sim, coletiva. “As pessoas, especialmente na cultura ocidental, têm uma tendência a culpabilizar o indivíduo. Dessa forma, amenizamos a nossa responsabilidade enquanto sociedade. Outro ponto a repensar é que o tema costuma ser abordado apenas no mês de setembro e de maneira muito superficial, sem discutir as causas que levaram àquele sofrimento psíquico", disse Elisabete.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), embora as taxas globais de suicídio tenham apresentado queda nos últimos anos, o cenário nas Américas segue em sentido contrário, registrando crescimento significativo. No Brasil, o aumento chega a 43%. “A faixa etária mais preocupante ainda é a juventude, mas há um recorte importante: jovens negros têm 45% mais risco de tirar a própria vida do que jovens brancos, o que evidencia que o suicídio também tem cor. As estatísticas mostram que os idosos também são um público preocupante, já que a solidão, as doenças crônicas e o impacto emocional da aposentadoria tornam essa fase da vida ainda mais sensível”, ressaltou.
Caso algum participante desconfie que alguém do seu convívio esteja em sofrimento psíquico, Elisabete reforçou que a atitude mais importante é oferecer presença e escuta sem julgamentos. “Nem sempre quem está em sofrimento emocional demonstra o que está sentindo e, quando tenta falar, frequentemente é minimizado. Dessa forma, a pessoa prefere silenciar, pois não se sente confortável para pedir ajuda”.
Para a coordenadora de Desenvolvimento e Saúde (Codes), Raísse Fernandes, as atividades em alusão ao Setembro Amarelo apresentaram resultados muito positivos. “Abordamos temas importantes que impactam diretamente a saúde mental dos servidores, como amizades e comportamentos relacionados ao suicídio, tendo em vista que esse tema precisa ser desmistificado para que as pessoas possam compreender melhor e ajudar o outro. Os servidores que participaram das rodas de conversa demonstraram interesse e engajamento no diálogo”, declarou.
Com essa ação, o TRE-PB reafirma seu compromisso com a valorização da vida, estimulando a busca por apoio profissional, o fortalecimento das redes de suporte e a construção de um ambiente de trabalho mais humano, solidário e atento à saúde mental de todos.
/saragomes/ascom/tre-pb/
#PraTodosVerem: Na fotografia aparecem pessoas em uma roda de conversa, olhando para a mediadora do evento
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